FALTA DE ACOMPANHAMENTO MÉDICO – A PRINCIPAL COMPLICAÇÃO DO DIABETES MELLITUS

Estima-se que grande parte da população brasileira seja diabética ou pelo menos apresente variações diárias em seus índices glicêmicos, como resultado de hábitos alimentares inadequados e estilo de vida contemporâneo, com pouca prática de atividades físicas e a inserção em um ambiente de trabalho estressante.

    Tradicionalmente, o Diabetes Mellitus caracteriza-se por um estado hiperglicêmico crônico, que pode resultar em complicações oculares, renais, neurológicas e, principalmente circulatórias. Uma pessoa diabética apresenta maior risco de derrame cerebral, infarto do miocárdio, insuficiência renal e problemas circulatórios graves, como a úlcera diabética, conhecida como mal perfurante plantar.

    De um modo genérico, existem 2 tipos principais de pacientes diabéticos. O primeiro tipo é denominado Diabetes Mellitus Tipo I ou insulinodependente e caracteriza-se pela falta de produção de insulina pelas glândulas pancreáticas. O quadro clínico se desenvolve em faixas etárias precoces, permitindo o diagnóstico ainda em fases iniciais, geralmente sem complicações circulatórias estabelecidas. 

    O segundo tipo é conhecido como Diabetes Mellitus Tipo II ou não insulinodependente e ocorre em decorrência da resistência à ação da insulina, ou seja, o pâncreas produz insulina, porém não há efeito tecidual, com manutenção da hiperglicemia. O sobrepeso e a obesidade constituem os principais fatores associados à resistência à insulina. O quadro clínico é pouco sintomático, portanto, o diagnóstico é tardio, e pode ser identificado complicações circulatórias na primeira avaliação.

A tendência atual é que uma pessoa não seja apenas diabética, mas sim portadora de vários fatores que podem piorar o quadro hiperglicêmico. Diabetes, obesidade, alterações nos níveis de colesterol e hipertensão arterial atuam em conjunto prejudicando a nossa circulação e aumentando o risco de aterosclerose, que se caracteriza pela deposição de placas de colesterol nas artérias.

A falta de acompanhamento médico constitui a principal complicação associada ao Diabetes Mellitus. Uma pessoa diabética que regularmente acompanha com o seu Cirurgião Vascular reduz o risco de complicações circulatórias, com menor probabilidade de quadros isquêmicos e infecciosos. Além disso, a vigilância dos pés dos pacientes diabéticos reduz o risco da formação de úlceras plantares, que representam a porta de entrada para agentes bacterianos responsáveis pelos abscessos e pela osteomielite identificada no pé diabético.

A formação da úlcera plantar no paciente diabético ocorre principalmente devido à neuropatia diabética, resultado da destruição dos nervos periféricos pelo efeito da hiperglicemia. Sintomas como formigamento nos pés, parestesia nas pernas e formação de rachaduras e fissuras entre os dedos representam os primeiros sinais de complicações do pé diabético. 

A presença da úlcera plantar é um fator de risco para a perda do membro e para o desenvolvimento de processos infecciosos, que podem exigir internação hospitalar e intervenções cirúrgicas. Para evitar complicações circulatórias associadas ao Diabetes Mellitus, procure seu Cirurgião Vascular e mantenha seu acompanhamento médico, com Check Up Vascular periódico. Para maiores informações, acesse o site www.drsthefanovascular.com.br.