Na última semana, foi comemorado o dia mundial do Acidente Vascular Cerebral (AVC), entidade popularmente conhecida como derrame cerebral. Assim como o infarto do miocárdio e a doença arterial periférica (má circulação), o AVC integra o grupo das doenças cardiovasculares ateroscleróticas mais frequentes em nossa população, que pode resultar em isquemia cerebral com sequelas motoras irreversíveis.
Dentre os tipos de AVC, o mais comum é o de origem isquêmica decorrente de arritmias cardíacas ou da doença das artérias carótidas. Estima-se que aproximadamente 30% da nossa população apresenta depósito de placas de colesterol nas artérias carótidas, que são as artérias localizadas na região cervical e cuja função principal é conduzir o sangue do coração em direção ao cérebro.
A doença das artérias carótidas é assintomática na maior parte das vezes, não expressando sinais e sintomas clínicos precoces. Portanto, sua investigação é fundamental. Os mesmos fatores de risco para as doenças cardiovasculares são os fatores predisponentes para a obstrução carotídea, em especial a obesidade, o tabagismo, a hipertensão arterial sistêmica e o diabetes mellitus.
Toda pessoa acima dos 50 anos de idade deve realizar o Check-Up Vascular com ênfase na avaliação das artérias carótidas. Além disso, os pacientes que apresentam risco elevado de infarto do miocárdio devem obrigatoriamente ser investigados quanto a presença de doença nas artérias carótidas.
Com a evolução da Medicina Vascular, atualmente as artérias carótidas podem ser investigadas em detalhes, sem a necessidade de injeção de contraste endovenoso e sem a emissão de radiação ionizante. O Ultrassom Doppler das Artérias Carótidas representa o exame adequado para esta avaliação, permitindo ao Cirurgião Vascular uma análise minuciosa do segmento carotídeo, com diagnóstico precoce da doença aterosclerótica e possibilidade de prevenção do AVC.
O controle dos níveis plasmáticos de colesterol é obrigatório nos pacientes portadores de obstruções nas artérias carótidas. Além disso, todo paciente que apresentar depósito de placas de colesterol nas artérias carótidas é considerado de alto risco para doenças cardiovasculares.
A prevenção é a melhor forma de evitar a evolução da doença carotídea e a ocorrência do AVC. A partir da avaliação ultrassonográfica, é possível oferecer aos pacientes a possibilidade de tratamento medicamentoso ou tratamento cirúrgico. Caso você ou seu familiar seja portador de obstrução nas artérias carótidas, procure seu Cirurgião Vascular.
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