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O SILÊNCIO DOS QUE AGUARDAM POR TRATAMENTO PARA AS DOENÇAS CIRCULATÓRIAS – Dr. Sthefano Atique Gabriel

O SILÊNCIO DOS QUE AGUARDAM POR TRATAMENTO PARA AS DOENÇAS CIRCULATÓRIAS

Recentemente foi publicado em um jornal de alto impacto e alcance nacional que aproximadamente 60 mil pessoas aguardam na lista de espera para realizar cirurgias cardiovasculares. Dentre as principais causas para esta situação, destaca-se o esgotamento dos leitos de terapia intensiva, a superlotação hospitalar, o cancelamento dos procedimentos eletivos e a suspenção das internações médicas. 

Um fato incontestável durante a pandemia foi a piora expressiva do quadro circulatório da nossa população. Seja pelo efeito viral em nosso organismo, seja pela perda do acompanhamento médico durante a restrição domiciliar, é inegável que houve um aumento significativo das internações hospitalares em decorrência de problemas circulatórios. 

Trombose venosa profunda, embolia pulmonar, má circulação, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral representam as doenças circulatórias que apresentaram incidência ascendente durante a pandemia. Algumas vertentes apontam o mau controle dos fatores de risco cardiovasculares durante o lockdown, dentre eles, os níveis pressóricos, os níveis glicêmicos, o peso corporal e os índices de colesterol, como os responsáveis por este panorama circulatório adverso. 

A maior fragilidade da nossa circulação recai sobre as manifestações clínicas de suas patologias. Na grande maioria das vezes, as doenças circulatórias não expressam sintomas clínicos, reforçando o caráter “silencioso” do comprometimento vascular. Isto significa que uma doença circulatória não avisa que vai causar complicações, ela simplesmente deixa suas sequelas. 

O derrame cerebral, por exemplo, não manifesta sintomas ou deixa rastros que permitam sua investigação clínica. O evento final, caracterizado por sequelas neurológicas motoras e sensitivas, muitas vezes irreversíveis, geralmente constitui a primeira manifestação do acidente vascular cerebral. Uma causa importante de doenças cerebrovasculares é a doença das artérias carótidas. 

Aqueles que tiveram a oportunidade de realizar um Doppler de Carótidas e consequentemente a sorte do diagnóstico precoce da doença, encaram o drama da dificuldade de solucionar cirurgicamente seu problema neurológico, fato que aumenta o risco do indivíduo evoluir com derrame enquanto aguarda a cirurgia. 

Quem sofre com má circulação, provavelmente sabe que aguardar na lista de espera por um tratamento cirúrgico é sinônimo de evoluir para complicações e para risco iminente de perda do membro acometido. Sintomas simples como dores nas pernas, dores durante a caminhada, alteração da coloração e da temperatura dos pés devem ser valorizados e a intervenção cirúrgica, se necessária, não deve ser retardada. O risco de complicações e a evolução desfavorável é proporcional ao período sem tratamento. 

Para piorar um pouco a situação, é oportuna a reflexão sobre o caráter sistêmico das alterações circulatórias. Quem teve um infarto não tem apenas um problema no coração! Existe maior risco de derrame, de má circulação e de morte de causas cardiovasculares. Em outras palavras, os portadores de doenças cardiovasculares apresentam riscos potenciais em vários segmentos circulatórios do corpo humano, entretanto em um determinado momento manifestam maior sintomatologia em um órgão específico.  

Em um momento de instabilidade sanitária, aumento do número de casos confirmados, elevada média diária de óbitos e sobrecarga hospitalar, é preocupante a situação daqueles que aguardam ansiosamente uma vaga ou uma oportunidade para efetuar seu tratamento cirúrgico. Manter o acompanhamento médico e procurar o atendimento de urgência caso apresente qualquer sintoma pouco usual, é fundamental durante à espera por tratamentos cirúrgicos para as doenças cardiovasculares. 

Cuide da sua saúde, use máscara, proteja-se e faça a avaliação do sistema circulatório sempre que possível. Para mais informações sobre temas relacionados a área médica e a Saúde Vascular, acesse o site www.drsthefanovascular.com.br