COMO PROTEGER A CIRCULAÇÃO DURANTE O PERÍODO DE FÉRIAS?

Para muitos brasileiros, a primeira quinzena do mês de janeiro ainda representa um período de descanso. Algumas famílias viajam longas distâncias para reencontrar seus entes queridos, outras optam por aproveitar o período de férias nas praias e no litoral, fugindo do calor rio-pretense, e muitos decidem pelo inverno internacional como forma de relaxar e descansar o corpo e a mente. 

Calor, viagens e frio, entretanto, exigem cuidados especiais com a circulação. Nossos vasos sanguíneos sofrem constantemente a influência das variações de temperatura e dos períodos em que ficamos na mesma posição, especialmente durante as viagens de carro, avião, ônibus e navio. 

As temperaturas elevadas aumentam o risco de desidratação, que por sua vez favorece a trombose venosa e a trombose arterial. Em casos de desidratação, a redução do volume venoso e arterial estimula a formação de coágulos, que promovem o entupimento circulatório. 

A trombose venosa representa o principal fator de risco para a embolia pulmonar. O trombo presente nas veias das pernas pode se desprender, caminhar pelo conduto vascular, impactando na circulação pulmonar, com obstrução das artérias de pequeno e médio calibre do pulmão. Dores nas pernas e inchaço caracterizam o quadro clínico inicial da trombose venosa, que ao longo do tempo pode evoluir para dor torácica e falta de ar importante, sugerindo fortemente o diagnóstico de embolia pulmonar. 

Por outro lado, quando o trombo está localizado na circulação arterial, ocorre a redução do fluxo de sangue para as extremidades do corpo. As mãos e, principalmente os pés, podem evoluir com importante déficit circulatório, predispondo à inviabilidade tecidual. A exposição a baixas temperaturas representa um fator de risco importante para a trombose arterial.  

Nestes casos, as principais queixas são: dores nas mãos e/ou nos pés, frialdade nas extremidades, arroxeamento da ponta dos dedos e sensação de formigamento. Estes sintomas sugerem prejuízo circulatório, que quando não diagnosticado, pode até mesmo comprometer a viabilidade do membro. O aquecimento das mãos e dos pés durante as viagens para locais de baixas temperaturas constitui uma medida preventiva contra a vasoconstrição, que se caracteriza pelo fechamento da microcirculação. 

Por fim, viagens prolongadas, com duração superior a 3 horas, também aumentam o risco de trombose. Nestes casos, permanecer muito tempo na mesma posição lentifica o fluxo sanguíneo intravascular, favorecendo a formação de trombos. Recomenda-se avaliação médica antes de viagens de carro, avião, ônibus ou navio, especialmente se o tempo previsto for superior a 3 horas. Em alguns casos, pode ser necessário profilaxia para eventos tromboembólicos com medicações anticoagulantes. 

Manter uma rotina de exercícios físicos, hidratar-se, fortalecer a musculatura das pernas com alongamentos, agasalhar-se em dias frios e retornar ao acompanhamento médico para o Check Up Vascular anual representam orientações simples, porém de grande valia durante o período de férias, com o intuito de proteger a nossa circulação. Para maiores informações, acesse o site www.drsthefanovascular.com.br