Quem é diabético sabe que precisa estar atento a sua circulação. Ainda mais neste período em que sentimos na pele a queda na temperatura, o cuidado com o sistema circulatório deve ser constante, com acompanhamento médico de rotina e avaliação periódica dos vasos sanguíneos.
Tradicionalmente, o diabetes mellitus representa um importante fator de risco para as doenças cardiovasculares. Além de aumentar o risco de derrame, infarto e má circulação, o diabetes está associado à Síndrome Metabólica, que é composta por hipertensão arterial sistêmica, obesidade visceral, diabetes mellitus e alteração nos níveis de colesterol. O portador da Síndrome Metabólica, infelizmente, corre sérios riscos de evoluir com complicações cardiovasculares.
Em termos gerais, o diabetes mellitus constitui um perigoso inimigo da nossa circulação, acelerando o processo de depósito de placa de ateroma na parede das artérias e reduzindo a aporte sanguíneo para a periferia do corpo, em especial para os membros inferiores. O estado hiperglicêmico observado no paciente diabético também prejudica a função dos neurônios, provocando a desmielinização da bainha de mielina, o que resulta na tão temida Neuropatia Periférica.
A Neuropatia Periférica manifesta-se clinicamente pela falta de sensibilidade. Consequentemente, o paciente diabético machuca os pés, lesa as unhas e desenvolve fissuras no espaço entre os dedos, sem perceber que estas alterações ocorreram. Uma vez configurada a porta de entrada com o ambiente interno, o paciente diabético fica vulnerável a processos infecciosos que vão amplificar as alterações circulatórias pré-existentes, aumentando a probabilidade de perda do membro.
Pelo risco de formação de feridas, depósitos de placas de colesterol nas artérias, redução do fluxo sanguíneo para os pés e neuropatia periférica, o Check Up Vascular é fundamental para todo paciente diabético e deve ser realizado uma vez por semestre. Avaliar o sistema circulatório do paciente diabético significa reduzir o risco de complicações e prevenir a perda do membro acometido.
Neste período invernal, com queda repentina da temperatura, as alterações circulatórios tendem a piorar, em especial no paciente diabético que geralmente já é portador de doença vascular. Como nossa circulação é sensível as variações térmicas, as baixas temperaturas reduzem o fluxo de sangue para a periferia do corpo, em decorrência do processo de vasoconstrição periférica, o que favorece o desenvolvimento ou a agudização de problemas circulatórios.
Dores nas pernas, frialdade nos pés, formigamento e mudança na coloração dos dedos representam indícios de alterações circulatórias em pacientes diabéticos durante o inverno. Acima de tudo é imprescindível a atenção com as possíveis manifestações circulatórias em pacientes diabéticos durante os dias com baixas temperaturas. A avaliação precoce do sistema circulatório previne complicações e evita internações hospitalares neste período da pandemia.
Mantenha o acompanhamento com o Cirurgião Vascular e cuida da sua circulação. Para mais informações a respeito de importantes assuntos relacionados a Medicina Vascular, acesse o site www.drsthefanovascular.com.br.