No mês de outubro, tradicionalmente comemoramos o “Outubro Rosa”. A finalidade desta campanha comemorativa é conscientizar a população a respeito da importância da prevenção, do diagnóstico e do tratamento precoce do Câncer de Mama. Entretanto, utilizamos o ensejo do Outubro Rosa para estender as orientações preventivas a todos os tipos de neoplasias e às suas repercussões no corpo humano.
A associação entre Câncer e Trombose atualmente representa um desafio médico, no tocante ao tratamento medicamentoso e a evolução clínica do paciente. Inúmeras discussões ocorrem semanalmente a respeito dos métodos de anticoagulação do paciente oncológico que desenvolve um quadro de trombose venosa profunda. Preocupações a respeito do risco de sangramento e da recorrência da trombose estimulam diversas pesquisas neste grupo populacional.
A trombose venosa profunda caracteriza-se pela obstrução do fluxo sanguíneo em um determinado segmento venoso devido a formação de um coágulo sanguíneo. Uma vez que a função primordial do sistema venoso consiste no retorno do sangue da periferia do corpo em direção ao coração, na vigência de um quadro de trombose venosa aguda ocorre o represamento de sangue nos compartimentos vasculares dos membros inferiores, predispondo a inchaço, dores nas pernas, dificuldade para deambular, sobrecarga das veias periféricas superficiais e formação de pontos hemorrágicos na derme.
Uma pessoa pode desenvolver um trombo por três motivos principais: (1) Estase Sanguínea – como nos pacientes acamados, cadeirantes e em recuperação pós-operatória; (2) Lesão do Endotélio Vascular – que ocorre durante procedimentos cirúrgicos (cirurgias plásticas, bariátricas, ortopédicas, etc); e (3) Estado de Hipercoagulabilidade – situação em que o organismo se encontra em um ambiente pró – trombótico, como observado nos pacientes oncológicos e recentemente nos pacientes Covid positivos. Portanto, o Estado Pró Coagulante e a Hipercoagulabilidade Sistêmica representam as explicações fisiopatológicas para a associação entre Câncer e Trombose.
O risco de trombose é maior durante a atividade tumoral, quando as metástases são identificadas em exames de imagem, e nos casos de recorrência, apesar do tratamento anticoagulante prévio. Nestas duas situações, a probabilidade da trombose evoluir para embolia pulmonar é elevada, aumentando a morbimortalidade. Por outro lado, o risco de eventos tromboembólicos é menor durante o efeito quimioterápico, quando ocorre remissão tumoral e menor atividade celular.
O Check Up Vascular pode identificar casos de Trombose Venosa Profunda associada ao Câncer. Procure seu Médico Vascular e cuide-se. Além disso, conscientize seus amigos e familiares sobre Outubro Rosa e sobre a Prevenção e o Diagnóstico do Câncer de Mama. Para maiores informações, acesse o site www.drsthefanovascular.com.br.