Por mais que se discuta sobre a relação entre a infecção pelo Coronavírus e a possível evolução para trombose, provavelmente nunca vamos esgotar este assunto e, como a cada dia que passa, novas informações são divulgadas pela mídia, o assunto ainda é atual e merece nossa atenção.
No começo da pandemia, inúmeros pacientes internados em unidades de terapia intensiva apresentaram quadros clínicos compatíveis com trombose em diversos segmentos do corpo. De maneira descontrolada, o fenômeno trombótico manifestava-se como trombose venosa profunda, embolia pulmonar, trombose arterial, infarto do miocárdio e derrame cerebral.
Não havia naquele momento defesas imunológicas que fossem capazes de controlar a atividade viral e seu impacto sobre nosso organismo. A tempestade inflamatória, resultado do confronto entre o Coronavírus presente no aparelho respiratório e o sistema imunológico despreparado, representava o ponto de partida para a formação de micro e macro trombos no sistema circulatório. Associado a este ambiente hostil, as comorbidades como hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, obesidade e alterações cardiológicas, contribuíram para a falência de múltiplos órgãos e a coagulação intravascular disseminada.
Com o advento da vacina e a expansão do plano de vacinação nacional, houve uma queda significativa nas internações hospitalares e no número de mortes em decorrência da infecção pelo Coronavírus. Algumas dúvidas, entretanto, ainda permanecem a respeito da eficácia da vacina em prevenir a contaminação viral e em seu potencial de evitar complicações circulatórias.
Durante muito tempo, foi divulgado uma possível relação entre a vacinação e a formação de trombos. Até o momento, não houve comprovação científica consistente que possa garantir que se uma pessoa receber a vacina, inevitavelmente irá evoluir com trombose venosa ou arterial. As evidências, entretanto, são taxativas em destacar que o risco trombótico da Covid-19 é expressivamente maior que um possível risco trombótico associado a vacina. Portanto, exceto naqueles pacientes com elevado risco de trombose em decorrência de suas comorbidades clínicas, a vacinação não deve ser postergada e nem proscrita.
Por outro lado, estar vacinado não significa que a pessoa não possa contaminar-se com o Coronavírus e não impede a transmissão viral. Engana-se, porém, quem acredita que isto pode representar falha ou ineficácia da ação da vacina. Como em todo processo orgânico, ocorre uma redução temporal na cobertura imunológica vacinal, exigindo doses de reforço. Portanto, completar o esquema vacinal proposto com duas doses e receber a dose de reforço são fundamentais para a proteção imunológica.
Com estas informações, é possível compreender o por quê, no momento, a maioria das pessoas internadas por Covid são aqueles que ainda não foram vacinados ou não receberam a segunda dose da vacina. Além disso, com a queda temporal na proteção imunológica, quem mantém a exposição ao vírus, aglomerando-se ou não se protegendo, está vulnerável a complicações circulatórias, como trombose venosa profunda, embolia pulmonar, trombose arterial, infarto do miocárdio e derrame cerebral.
Manter os cuidados de higiene, usar máscaras, evitar aglomerações e manter o acompanhamento médico representam medidas necessárias para proteger o sistema circulatório, reduzindo o risco de eventos tromboembólicos. O Check Up Vascular constitui a melhor forma de avaliar a nossa circulação, diagnosticando a trombose e permitindo seu tratamento imediato. Em caso de dúvidas, acesse o site www.drsthefanovascular.com.br.