VIAGENS DE AVIÃO AUMENTAM O RISCO DE TROMBOSE – SAIBA COMO SE PREVENIR

Nestes últimos dias, foi noticiado que uma brasileira que viajava de Guarulhos à Paris, faleceu em decorrência de complicações relacionadas a trombose. Apesar do sentimento de tristeza e pesar associada a esta notícia, situações como esta poderiam ser evitadas e ocorreram porque não houve orientação adequada e provavelmente porque não houve prevenção para eventos tromboembólicos durante vôos de longa duração. 

Viagens prolongadas, especialmente de avião, constituem um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da trombose venosa profunda. O tempo em que a pessoa fica na mesma posição durante o vôo, sem ativar sua circulação e sem trabalhar a musculatura da sua perna, lentifica o fluxo sanguíneo nas veias, predispondo a formação de coágulos de sangue que obstruem as veias periféricas, resultando na trombose venosa profunda. 

Se a pessoa já for portadora de outros fatores de risco para fenômenos tromboembólicos, o risco de evoluir com trombose é ainda maior. Por exemplo, uso de anticoncepcionais, gravidez, puerpério, pós-operatório recente de cirurgias plásticas, ortopédicas e bariátricas e traumas representam fatores que aumentam a probabilidade do desenvolvimento de trombose.  

Além disso, existem fatores genéticos, conhecidos como trombofilias, que aumentam o risco de trombose. As trombofilias, de um modo genérico, caracterizam-se por proteínas presentes em nossa circulação com maior capacidade trombogênica. Não manifestam sintomas, exceto pelo quadro de trombose. A associação de fatores ambientais com a presença de trombofilias eleva o risco de trombose e embolia pulmonar. 

A trombose venosa profunda manifesta-se pela presença de dores nas pernas e inchaço, e por estar acompanhada por endurecimento da panturrilha. Sintomas simples e genéricos como estes, na maior parte das vezes, são pouco valorizados e, geralmente, não impedem as pessoas de viajarem. Entretanto, se uma pessoa estiver sentindo dores nas pernas e inchaço próximo a viagem, ela deve estar atenta a isso e deve procurar atendimento médico uma vez que o risco de complicações durante o vôo é maior. 

Durante o planejamento das viagens, recomenda-se que seja incluído no check list do passeio, a prevenção dos fenômenos tromboembólicos. A consulta com o Cirurgião Vascular antes de viagens prolongadas pode te ajudar a prevenir a trombose e representa uma oportunidade para receber orientações adequadas antes da viagem de avião. 

Para pessoas que não apresentam fatores de risco para eventos tromboembólicos, recomenda-se o uso de meias elásticas anti-trombo e caminhadas durante o vôo. Exercícios com os pés também estimulam o sistema circulatório. Por outro lado, se a pessoa for idosa e já apresentar fatores de risco para trombose venosa e embolia pulmonar, recomenda-se profilaxia com baixas doses de anticoagulantes na ida e no retorno. 

Para maiores informações sobre profilaxia de trombose em viagens prolongadas, acesse o site www.drsthefanovascular.com.br