A prática de atividade física é benéfica ao sistema circulatório. Estudos populacionais já comprovaram que aqueles que mantém hábitos diários de exercícios físicos têm menor probabilidade de apresentar eventos cardiovasculares ao longo dos anos. Em especial, os exercícios aeróbicos, como corrida, caminhada, esteira e bicicleta, estimulam a circulação das pernas, aumentando o fluxo de sangue para a microcirculação.
A rotina de exercícios físicos também possui impacto positivo sobre o metabolismo corporal, reduzindo os níveis glicêmicos, aumentando a massa magra e contribuindo para o melhor controle do peso. A obesidade, caracterizada por um Índice de Massa Corporal maior que 30 kg/m2, é considerada um fator de risco independente para doenças cardiovasculares, com maior risco de derrame cerebral, infarto do miocárdio, alterações circulatórias nas pernas e trombose venosa profunda. Uma pessoa obesa, na maior parte das vezes, também apresenta alterações dos níveis pressóricos, dos níveis glicêmicos e da concentração sanguínea de colesterol.
Recomenda-se que a atividade física seja realizada sempre que possível sob supervisão, para evitar lesões musculares associadas ao excesso de peso e a posturas inadequadas durante a performance muscular. Além disso, a presença de dor durante o exercício físico pode constituir a primeira manifestação de comprometimento circulatório. Nestes casos, não é recomendado forçar a atividade física, mas sim, realizar avaliação médica para esclarecer o motivo da dor associada ao exercício físico.
A trombose venosa pode ocorrer após o exercício exagerado. A sobrecarga venosa e o estiramento das fibras da sua parede durante o levantamento de peso, o impacto muscular e em decorrência de posturas inadequadas são possíveis explicações para a formação do trombo venoso após a atividade física. Além da dor, o inchaço, a vermelhidão, o endurecimento muscular e a impossibilidade de caminhar ou colocar os pés no chão constituem manifestações clínicas da trombose associada ao exercício físico.
Como existe o risco da trombose evoluir para embolia pulmonar, a dor associada ao exercício físico deve ser valorizada, com avaliação médica imediata. Uma vez realizado o diagnóstico, o tratamento anticoagulante deve ser instituído.
A claudicação intermitente, caracterizada por dores nas pernas provocada pela atividade física, também representa uma preocupação quando o atleta ou o esportista evolui com manifestações álgicas associadas ao trabalho muscular. Ao contrário da trombose venosa em que ocorre formação de trombo e obstrução do vaso, na claudicação intermitente ocorre redução da luz arterial, com menor fluxo de sangue para as pernas. Durante a explosão muscular, a demanda metabólica por sangue, oxigênio e nutrientes não é suprida de modo satisfatório, o que provoca dor, palidez, frialdade das extremidades dos pés e necessidade imediata de interromper a atividade física.
Nos casos de claudicação intermitente, a avaliação circulatória deve ser pormenorizada com Check Up Vascular. Além disso, pode ser necessário o uso de medicações antiagregantes plaquetárias e anticoagulantes. Para maiores informações, acesse o site www.drsthefanovascular.com.br.