O edema tecidual pode ser observado em diversas regiões do corpo humano e caracteriza-se pela retenção líquida intersticial, com acúmulo de conteúdo líquido no tecido celular subcutâneo. Nos últimos dias, ganhou destaque na mídia o aparente inchaço observado nas mãos do Rei Charles III, em divulgações realizadas pela Realeza Britânica.
Existem muitas causas para o inchaço e na maior parte das vezes este sinal representa um alerta para o desenvolvimento de importantes doenças, tanto sistêmicas quanto locais. Alterações renais e cardíacas são responsáveis por edema corporal generalizado, enquanto trombose venosa profunda, alterações linfáticas e trauma são responsáveis por inchaços localizados.
O Diabetes Mellitus, uma doença caracterizada por níveis glicêmicos elevados na circulação sanguínea, constitui um importante motivo para o acúmulo de líquido corporal. Em fases avançadas, o estado hiperglicêmico altera a função renal, prejudicando a função glomerular e consequentemente reduzindo a eliminação de líquidos do organismo. A insuficiência renal decorrente do Diabetes Mellitus predispõe a inchaço nas pernas, nos pés e nas mãos.
Além do risco de edema, o Diabetes Mellitus representa um fator de risco tradicional para as doenças cardiovasculares, com maior risco de obesidade, síndrome metabólica e morte de causas vasculares. Uma pessoa diabética também pode evoluir com neuropatia periférica, um significativo comprometimento da função dos nervos e dos neurônios periféricos, fenômeno que favorece o surgimento de feridas e úlceras nos pés. O mal perfurante plantar, assim denominado, representa a úlcera diabética que aumenta o risco de infecções, inchaço e destruição óssea nos pés.
Hábitos comportamentais também favorecem o acúmulo de conteúdo líquido corporal. Uma alimentação com excesso de sódio aumenta o risco de inchaço nas extremidades do corpo, associado a dores nas pernas e cansaço nos pés. O consumo de alimentos condimentos, de embutidos e de bebidas não alcoólicas gaseificas, como refrigerantes, também facilitam o desenvolvimento de inchaço no organismo.
A trombose venosa profunda representa outra causa importante de edema nos membros inferiores devido a oclusão do segmento venoso acometido. A dificuldade no retorno do sangue dos pés em direção ao coração estimula o acúmulo de líquido nos tecidos do membro inferior, resultando em incômodo nas pernas, dores e dificuldade para deambular. Além do inchaço e das dores, a trombose venosa profunda pode evoluir para embolia pulmonar, que se caracteriza por obstrução da circulação pulmonar. Para mais informações, acesse o site www.drsthefanovascular.com.br.