A trombose venosa representa uma doença frequente em nossa população e constitui uma importante causa de internação hospitalar. Dentre as complicações decorrentes da trombose, a embolia pulmonar destaca-se pela gravidade do quadro clínico, pelo importante comprometimento respiratório e pelo elevado risco de morte. Apesar de sua gravidade, a embolia pulmonar ainda é pouco diagnosticada, fato que prejudica a evolução do paciente e aumenta o risco de morte.
Durante a pandemia, houve um aumento exponencial do número de pessoas que evoluíram com fenômenos tromboembólicos. Comprovadamente, existe uma forte associação entre a atividade do Coronavírus em nosso organismo e o desenvolvimento de trombose venosa e embolia pulmonar. Especialmente nos pacientes que foram internados para suporte ventilatório ou aqueles que necessitaram de cuidados intensivos em UTI, a incidência de embolia pulmonar superou 60% dos casos confirmados.
Além da embolia pulmonar e da associação entre Covid e Trombose, a insuficiência venosa crônica grave também constitui uma importante complicação da trombose venosa profunda. A presença de varizes de grosso calibre, a formação de úlceras próximas ao tornozelo e o escurecimento e a inflamação da pele são decorrentes do estado pós trombótico.
A trombose venosa, portanto, por sua alta incidência e importância clínica, precisa ser diagnosticada, sobretudo com a finalidade de evitar a evolução do quadro para embolia pulmonar e para impedir as demais complicações.
- Quais são os sintomas sugestivos de trombose venosa?
A trombose venosa caracteriza-se pela obstrução do sistema venoso profundo por um coágulo de sangue. Como ocorre um prejuízo no retorno venoso, o membro acometido torna-se edemaciado, endurecido e doloroso. Desta forma, toda pessoa que manifesta dores nas pernas acompanhado de edema e empastamento da musculatura da panturrilha pode ter desenvolvido um quadro de trombose venosa.
- Qual seria o risco de uma pessoa evoluir com trombose venosa?
O risco de evoluir com trombose venosa é proporcional a quantidade de fatores de risco que o indivíduo apresenta. Atualmente, os principais fatores predisponentes para o quadro clínico de trombose venosa são: neoplasias, infecção pelo Coronavírus, gravidez, puerpério, viagens prolongadas, procedimentos cirúrgicos (cirurgias bariátricas, plásticas, ortopédicas e oncológicas), imobilização prolongada e uso de anticoncepcionais orais.
- Como a trombose venosa pode ser diagnosticada?
O diagnóstico da trombose venosa é inicialmente realizado a partir dos sintomas principais, caracterizado por dores nas pernas, inchaço e endurecimento da panturrilha. Após avaliação clínica adequada, o Doppler Vascular é obrigatório, com análise pormenorizada de todo o sistema venoso e identificação dos segmentos trombosados. Dímero-d não faz diagnóstico de trombose e não é útil como parâmetro para melhora clínica ou avaliação de risco para eventos tromboembólicos.
- Existe tratamento para a trombose venosa e para a embolia pulmonar?
As medicações anticoagulantes representam a base do tratamento da trombose e da embolia pulmonar. Nos casos em que não é possível prescrever medicações anticoagulantes, devido elevado risco de sangramento, é possível instalar dispositivos intravenosos, denominados filtros de veia cava, para reduzir ou impedir que o conteúdo embólico obstrua a circulação pulmonar.
- É possível aspirar o trombo que se formou no sistema venoso profundo?
Sim! A aspiração do trombo venoso, denominado trombectomia aspirativa, constitui uma importante opção no arsenal de tratamento da trombose venosa profunda. Já foi demonstrado que este procedimento reduz o risco de complicações decorrentes do quadro trombótico. Para maiores informações, acesse o site www.drsthefanovascular.com.br.